Pântano e Pérola
Tenho um pé no pântano
E outro no brilho da pérola,
Um afunda pelos cantos,
O outro, à vida me revela.
Com lama no peito me espanto;
Ainda não cobriu a rosa da lapela
Que cobre o coração, como manto,
Numa paz assaz calmante de vela.
Assim não me desfaço em vil pranto,
Transformo lama em brusca gamela,
O tempo a transforma nobre cântaro.
Nas escuridões surgem as esparrelas,
E na minha vazia dor, eu me agiganto,
Sabendo o querer, é da vida... a manivela.
Muito bom...
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