Colírio
Nuvem de poeira
Cobre-me a visão,
Enche-me a retina de areia,
A custo vejo o clarão.
Que o céu chova
Gotas de colírio
E a poeira remova
Deixando-me nos olhos o brilho.
Não um brilho duro,
Mas os de olhos de criança,
Que é o olhar do futuro
E nos chama com voz mansa.
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