Ponte
Sou ponte de mim mesmo
Fortificada em rios da vida,
Nela, solitário ando a esmo
A juntar cacos d’alma dividida.
Sou ponte larga de rio ermo
Que solta dor em queda estúpida,
Nela, vou com calma de enfermo
Pisando leve na imagem esculpida.
Sou ponte que cruza o mar azul,
Resiste às tormentas, e às fúrias,
Se inicia no norte e acaba no sul,
Quem por ela passa, não vê incúria,
Liga Curitiba, Veneza e Istambul,
Mas por ela também passa a luxúria.
O Médico
Ilustres filhos de Hipocátres
Que enobrecem nossa medicina,
Manejam o bisturi... são craques!
Mestres numa luta que não finda.
Persuasivos como os velhos frades,
Escondidos em roupas brancas e finas
Que denotam uma pureza de madre
Por amor a profissão segue sua sina.
São tantas as suas especialidades,
São várias áreas que pela vida prima,
Doutores, para a vida nunca é tarde...
Seres fundamentais, pessoas ladinas,
Deixo aqui nesse papel, sem vaidade,
Esse dizer do que não entendo patavina.
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