quarta-feira, 4 de abril de 2012

Como poeta dizia

O Canto do Urubu
 
 
 
 
O urubu avança sobre a carniça
Onde os restos alimentam o solo,
A tristeza fede,mas não é maciça
E toda alegria é digna dum colo.
 
 
Essas aves irão à minha missa?
Pousarão sobre o teto que moro?
Irmão de vermes que à morte atiça
Tuas vozes uníssonas formam coro,
 
 
Cantem no meu réquiem um samba,
Dançarei alegre ao som do cavaquinho
E quando sentir as pernas bambas...
 
 
Levantarei firme para meu caminho,
Ajeitarei calmo, minha diáfana manta,
Pois não sou comida de passarinho.
 

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